Embora os corais sejam apenas um dos diversos tipos de animais vistos num recife, de certo modo, são os mais importantes, pois foi devido à sua permanência lá que outros animais e plantas também para lá se dirigiram. Os corais pertencem a uma classe do filo dos celenterados – os antozoários. São carnívoros e capturam pequenos organismos usando seus tentáculos. De maneira característica, secretam um esqueleto calcáreo que envolve o pólipo como uma taça e para o interior do qual o animal se recolhe. Quando se alimentam, os tentáculos são projetados para fora da taça, junto com a parte superior do animal. O mecanismo de secreção do esqueleto é tema de considerável pesquisa científica. O cálcio e o carbonato são extraídos das águas vizinhas e incorporadas ao esqueleto por um complexo processo 
bioquímico. (…) Os corais são encontrados em todos os mares, mas os recifes de coral são específico dos trópicos e não são formados por espécies de águas mais frias. Esses redifes não se desenvolvem em locais onde a temperatura do mar desça abaixo de 18°C (64°F) e somente florescem onde a temperatura não desça abaixo de 23°C (73°F). Mesmo nos trópicos, nem todos os corais constroem recifes. Aqueles que o fazem são descritos pelos cientistas como corais “hermatípicos”. Os que não constroem recifes são conhecidos como corais “ahermatípicos”. Os corais hermatipicos desenvolvem-se em côlonias, isto é, alguns ou muitos pólipos de coral crescem lado a lado, secretando um esqueleto comum que pode crescer em forma de galhos de arbustos ou de árvores, como o coral do gênero Acropora, ou em côlonias maciças arredondadas, como as do gênero Porites. Uma colônia grande de coral pode conter muitos milhares de pólipos vivos, todos assemelhado-se intimamente. Em algumas espécies, esses pólipos são relativamente grandes e podem medir vários centímetros de diâmetro, enquanto em outras podem ser tão pequenos que é necessário um microscópio para estudá-los. Os corais ahermatípicos podem estar isolados, como os corias em forma de taça, (…), ou podem estar agrupados em pequenas colônias. Raramente se desenvolvem em grandes colônias, mas alguns isolados podem ter enormes pólipos, como acontece no gênero Funga, o coral cogumelo. Além das diferenças, morfológias entre os dois tipos de coral, existem também diferenças fisiológicas. Os corais hermatípicos têm diminutas plantas unicelulares, chamadas zooxantelas, que vivem como comensais dentro dos seus tecidos. Acredita-se que suas atividades fotossintéticas, sob a luz do sol, são importantes para ajudar na formção do esqueleto calcário do coral. Como os corais ahermantípicos não necessitam das zooxantelas, podem formar seus esqueletos em locais escuros, como cavernas, ou em águas profundas ou sombrias, sem luz. Um recife de coral é uma saliência ou uma plataforma submarina formada pelo acúmulo de esqueletos de corais hermantipicos mortos e outros organismos a eles associados quando vivos. Durante um milhão de anos, essa acumulação de carbonato de cálcio, em alguns locais chega a construir aglomerações extensas de matéria calcária, alcançando muitos metros acima do fundo do mar. Os esqueletos das últimas e mais recentes gerações de pólipos de coral vão continuamente sendo acrescentados aos recifes, que se mantêm, por isso, em constante crescimento. São entretanto atacados e destruídos violentamente por outros fatores adversos, como o próprio mar, sob a forma de danos causados por ondas e tempestades, e os animais que vivem entre os corais matando os pólipos e perfurando ou escavando o calcário.
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